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Camilianos no Mundo - Testemunho da África

20.03.2018 | 3 minutos de leitura
Província
Camilianos no Mundo - Testemunho da África

Cheguei no Quênia em 7 de janeiro de 1984. Tinha 32 anos e muita vontade de trabalhar na África. Quando cheguei a Nairobi, não havendo um lugar definido, me coloquei à disposição da missão camiliana que havia chegado neste País da África Oriental há oito anos.


Logo foi-me dada a tarefa de iniciar a atividade vocacional e formativa. Para isso, a comunidade de Nairobi alugou uma casa na área de Langata, a 15 quilômetros do centro da cidade, na qual comecei a formar os primeiros Camilianos do Quênia. Enquanto isso, a Província do Lombardo-Vêneta (agora a Província do Norte da Itália), a que pertenço, nos ofereceu o financiamento para construir o “St. Camillus Seminary”. Da casa alugada, em maio de 1986, entrei - com os primeiros sete seminaristas - no novo seminário inaugurado na presença do Embaixador Dr. Valenza e do Pe. Provincial. Giuseppe Bressanin.


Este foi o começo de minha atividade missionária no Quênia. Já se passaram 34 anos desde então! Além do meu trabalho de formação - que foi a minha  atividade principal como missionário na África - exerci o ministério camiliano como capelão no hospital do governo do país, o Kenyatta National Hospital, ensinei teologia pastoral e ética  no Instituto Teológico  Tangasa College e, em tempos diferentes, fui responsável pela missão Camiliana como Delegado Provincial.


Em certo ponto da minha atividade missionária fui chamado a Roma para trabalhar no governo central da Ordem. Permaneci lá por sete anos. No fim do meu trabalho pedi para voltar à missão. Isso só foi possível depois de dois anos como capelão  hospitalar na cidade de Bolonha (Itália). Agora estou feliz por ter retornado ao Quênia há quase dois anos. Realizei minha atividade formativa e pastoral, pela qual passei os dias entre os seminaristas e o hospital, no serviço litúrgico dominical. Estou continuamente em contato com os desafios da evangelização, dos quais, o maior, é levar o carisma do amor misericordioso a um mundo instintivamente ligado a si próprio, ao próprio interesse, ao sucesso individual a partir de sistemas capilares de corrupção. 


Não é uma tarefa fácil, porque enfrentamos diariamente o egoísmo das pessoas. Comparo-me ao semeador da parábola evangélica: continuo a atirar a semente, embora eu saiba que a maior parte dela não crescerá. No entanto, basta notar que uma pequena parte dela tomou raízes, cresceu e está dando frutos. Na verdade, temos 32 quenianos que gerenciam dois hospitais missionários, três paróquias, um seminário, vários capelães hospitalares e um centro pastoral. Diante dos problemas cotidianos, que às vezes parecem insuperáveis, sou consolado pelas palavras de São Paulo: "Basta-te a minha graça" (2 Coríntios 12, 9); o resto vem por si só, já que o semeador é Ele, somos simplesmente trabalhadores.


 

Fonte - Pe. Paolo Guarise

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